A
Administração proporcionará à alta casta de servidores civis e militares da
PMPE souvenir natalino.
Nos
termos da homologação e adjudicação de licitação do pregão eletrônico 5/2014,
publicado no Diário Oficial do Poder Executivo, de 2.12.2014, o Governo do
Estado provisionará víveres à Ceia de Natal àquela privilegiada casta de
Servidores da Segurança Pública no valor de R$ 66.261,00.
Nada
contra confraternizações, entretanto, sem demagogias, porque não oferecer um
salário digno para a categoria e ainda agraciar as patentes abastadas com
queijos, uísques e perus, é acintoso.
As
progressões funcionais não contemplam a base, elas só acontecem depois de muita
peleja e quando a inflação já corroeu o mísero salário defendido pelo
servidor-policial com a própria vida, para assegurar a vida e a paz da
sociedade.
Os
salários continuam defasados e achatados e as gratificações pagas pela
exposição da vida aos riscos inerentes às funções policiais são realizadas em
proporções inversas e inaceitáveis, malferindo o princípio isonômico,
constitucionalmente estatuído.
Não
há, pois, motivos para comemorações na base, cujas incertezas refletem o
cotidiano do policial civil, cujo sustento próprio e da família depende daquilo
que ganha, piorando, portanto, a qualidade de vida de todos os que sobrevivem
com essa remuneração.
As
referidas cestas, decerto, garantirão privilegiadas mesas com vinhos e
espumantes finos, aves nobres, seletos fundis e todos os comes e bebes da
época, mas, que em tempo algum substituirão as cidras e farofadas que o décimo
terceiro do agente, comissário ou escrivão de polícia é capaz de pagar.
Há,
portanto, manifesta intenção da Administração em manter o quadro de
desigualdades entre a cúpula e a base dos servidores estaduais, notadamente, os
servidores da Secretaria de Defesa Social.
Não
há porque ficar indiferente a esse fato, que enseja protestos de toda ordem,
sobretudo, por evidenciar a visão de menoscabo do Governo do Estado em relação
ao funcionalismo da Segurança Pública.
Nosso
protesto tem o fim de registrar esse desrespeito, uma vez que o SINPOL,
notadamente a nova diretoria, enxerga com naturalidade esse cenário,
sinalizando que nada fará para que modificações estruturais sejam realizadas,
nas relações empregadores versos empregados.
A
Categoria, com votos de revolta, destituiu a oligarquia leite, que se confundia
com o Partido Político PT, mas povoou o sindicato com partidários do PSOL, que
parece ser da mesma índole da administração pão e circo.
Esperamos
que essa seja somente uma impressão que não se confirme, todavia, se ela se
confirmar, teremos uma gestão de luzes apagadas parta Categoria, que assistirá
com primazia e complacência novos atos de desrespeito da Administração contra o
administrado.
Fonte-aspol