sexta-feira, 3 de julho de 2009

Agentes penitenciários exigem concurso público

Familiares de detentos do Pavilhão 3 do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto - Copemcan - protestaram na manhã da quarta-feira, dia 1º, na porta da unidade prisional por não poder entregar alimentos aos seus parentes que estão custodiados no local. A proibição se deu por causa da manifestação iniciada pelos agentes penitenciários, que estão exigindo melhores condições de trabalho. A principal alegação é a necessidade de concurso público para contratação de novos agentes, já que uma resolução do Ministério da Justiça indica que deve haver um agente para cada cinco detentos, o que não existe na unidade, onde um agente estaria custodiando 100 presos.


Atualmente, no Copemcan existem onze agentes para 1.049 detentos. "Queremos trabalhar com condições, chega de malabarismos", protesta Cláudio Viana, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe. Segundo ele, essa movimentação dos agentes está ocorrendo em todos os presídios sergipanos. O presidente alega que os servidores não podem estar correndo riscos de morte trabalhando com insalubridade ou em número menor do que é necessário nos presídios. "É a luta pela vida e ninguém vai mais brincar de morrer", defende Cláudio.

Pombo levava 'mochila' com celular para presídio em São Paulo

SÃO PAULO - Mais um pombo levando um celular nas costas para dentro de um presídio foi capturado nesta quarta-feira em Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo. Com mais essa apreensão na Penitenciária Danilo Pinheiro, chega a quatro o número de aves flagradas com celulares, inteiros ou desmontados, presos ao corpo, dentro da unidade.

O número de pombos que fazem travessia do muro do presídio pode ser ainda maior, segundo agentes penitenciários. Nesta quarta, um dos funcionários encontrou o animal no pátio destinado ao regime semiaberto, por volta das 12 h. O bicho estava na porta da fábrica de blocos, onde os detentos trabalham, e aparentava cansaço por ter carregado o celular nas costas, disse o agente à polícia. Por causa disso, foi fácil capturá-lo.

O telefone Motorola foi entregue ao Instituto de Criminalística (IC). Os policiais que investigam o transporte de celulares por pombos à penitenciária querem descobrir as últimas ligações feitas e recebidas para tentar chegar ao responsável pelo esquema de pombos-correio. Se a análise do IC não der resultado, resta a alternativa de soltar a ave e segui-la, já que ela seria treinada para memorizar o lugar de onde partiu.

Em abril, a direção do presídio informou que estudaria a instalação de uma tela de proteção sobre o pátio para evitar o pouso dos pombos. A direção da cadeia não foi localizada ontem à noite para comentar o assunto. A Polícia Civil não informou o andamento dos inquéritos sobre os pombos apreendidos antes.

Fonte - globo.com