O governo de Pernambuco e a
operadora Oi assinaram na quinta-feira (20) o contrato do projeto PE-Conectado.
Apenas nos próximos 12 meses a companhia investirá R$ 500 milhões na expansão
das redes 2G, 3G e banda larga, além da instalação de novos equipamentos que
vão aprimorar a eficiência dos seus serviços no estado.
O projeto PE-Conectado prevê a
instalação de 11,5 mil pontos de videomonitoramento, instaladas em vias e
prédios públicos considerados de elevado valor operacional pelos órgãos de
segurança do Estado, e tem por objetivo aumentar a segurança da população e
melhorar o trabalho de investigação e repressão da criminalidade.
A rede ampliará ainda a
capacidade da Internet do governo (de 1Gbps para 2,5 Gbps), segurança da Rede
(PRTMs), quantidade dos Links (de 2.837 para 4.080 Acessos Dedicados) e de
telefones fixos (de 30.000 para 40.000 Pontos de Voz Fixos). O projeto prevê,
entre outros, o aumento da quantidade de telefones móveis (de 5 mil para
11mil), integração dos tráfegos (fixo-móvel, móvel-fixo intra-grupo), gestão do
tráfego 0800 estadual, inclusão de servidores de fax (2.500 pontos), inclusão
de novas modalidades de videoconferência, inclusão do serviço de Rede local sem
fio aberta (para uso público e inclusão digital) e fechada (tipo wi-fi).
"O PE Conectado é um grande
serviço para o Estado de Pernambuco, pois vai fazer as políticas públicas
chegarem à população mais remota. Com isso, quem ganhou foi a sociedade
pernambucana. Foi necessário coragem para inovar ", afirmou o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos, na solenidade de assinatura do contrato, no
Centro de Convenções de Pernambuco.
"Pernambuco, hoje, é símbolo
de inovação tecnológica para todo o resto do país. A Oi deu sua contribuição
para consolidar este papel do estado, trazendo sempre tecnologias e apoiando a
inclusão sociodigital do povo pernambucano", afirmou o presidente da Oi,
Francisco Valim, no evento.
Ao integrar o serviço de
telefonia móvel na rede de telemática do Estado, o PE-Conectado permitirá a
ampliação do grupo que faz chamadas com tarifa “zero” para todo e qualquer
ponto de voz fixo ou móvel contratado por todos os órgãos da Administração
Pública Estadual. Dessa forma, todas as
chamadas realizadas entre os telefones fixos e telefones móveis institucionais
serão consideradas como tarifa “zero”. As chamadas originadas de um telefone
móvel institucional para um telefone fixo institucional e vice-versa não serão
tarifadas. Estima-se uma economia, apenas com a integração do serviço de
telefonia móvel, em torno de R$ 3,5 milhões, ao longo dos quatro anos.
Atualmente o Estado conta com
vários serviços 0800 contratados de forma individualizada e com os preços
diferenciados. Os órgãos com maior tráfego conseguem preços melhores do que os
que possuem uma demanda menor, a mesma coisa para o videomonitoramento. Hoje
não há uma gestão centralizada sobre esses serviços e no PE-Conectada o preço
será único, devendo ser praticado por todos os órgãos e entidades.
A ideia é que por meio da rede
seja possível ainda promover a inclusão digital através de políticas públicas,
difundindo a transferência e capacitação tecnológica através de instrumentos
como Educação à Distância, cursos de qualificação e formação profissional,
troca de experiência, reuniões à distância, videoconferências e
teleconferências.
A economia obtida com a
manutenção da convergência de telefonia fixa, dados e imagem é da ordem de R$
77,9 milhões e reflete ainda a integração dos novos serviços que serão
implantados. O projeto PE-Conectado também trará economia para o serviço 0800
cuja estimativa é da ordem de R$ 18
milhões, e para o serviço de videomonitoramento calculado em R$ 120 milhões.
Além das economias relativas ao
incremento dos serviços agregados à rede, foi possível obter uma redução do
valor inicial do projeto: de R$ 1,26 bilhão para R$ 1,02 bilhão, a partir da
competição proporcionada pelo pregão presencial.
A empresa divulgou que o projeto
permitirá ao governo de Pernambuco economizar, ao todo, R$ 452,5 milhões ao
longo dos quatro anos em que o serviço será prestado. "O modelo acompanha
uma tendência mundial de convergência de serviços em uma única plataforma e é
considerado uma novidade no setor público. A ideia é maximizar a utilização da
infraestrutura, gerar economia de escala e maior eficiência". Oi e seus
consorciados estimam que serão gerados 1,5 mil empregos no estado de
Pernambuco, através da contratação de empresas locais.