A
superlotação das unidades prisionais do estado levou o líder da Oposição,
Daniel Coelho (PSDB), nesta segunda-feira (11), a cobrar do governo do estado a
contratação de Agentes Penitenciários. O deputado fez uma comparação com
governos anteriores e destacou que a população carcerária vem dobrando a cada
gestão, mas a quantidade de Agentes não segue o mesmo ritmo. O tucano afirmou
que Pernambuco tem 350 Agentes para controlar 27 mil detentos, o que gera uma
proporção de 20 presos para cada servidor.
O
parlamentar ainda salientou outra prova de falha do sistema carcerário: apenas
10% dos detentos saem recuperados. E afirmou que reconhece os avanços do
Programa Pacto pela Vida, mas ressaltou que, no último ano, o Executivo mostrou
dificuldade em reduzir a violência. Daniel Coelho cobrou do governo a
contratação de Agentes aprovados no último concurso, investimentos em unidades
prisionais, e também que reivindique do Judiciário mais celeridade no
julgamento de processos.
Betinho
Gomes e Terezinha Nunes, ambos do PSDB, defenderam uma revisão do sistema
prisional, lembrando que 60% dos presidiários do Estado se encontram em regime
provisório, aguardando julgamento. Maviael Cavalcanti (DEM) sugeriu mais
investimento em educação e em ações de promoção da juventude.
Já
a bancada governista destacou que nunca se investiu tanto em segurança quanto
na gestão de Eduardo Campos (PSB). O presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa
(PDT), afirmou que a quantidade de policiais, delegados e Agentes nomeados
supera a de outros gestores, e lembrou que Pernambuco foi o primeiro estado
brasileiro a formar uma Parceria Público-Privada para construir uma
penitenciária em Itaquitinga.
Ângelo
Ferreira (PSB), Odacy Amorim (PT) e Ramos (PMN) salientaram que a superlotação
carcerária é um problema nacional, e precisa da união de todos os entes
federativos. Sílvio Costa Filho (PTB) Raimundo Pimentel e Raquel Lyra, ambos do
PSB, ressaltaram que, nos últimos 10 anos, a violência aumentou em todo o
Nordeste, mas em Pernambuco houve redução de 27,5%. E afirmaram que, apesar de
já ter grande atuação na área de segurança, o governo do estado ainda vai fazer
muito mais.