quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dilma pede a Temer engavetamento da PEC 300


O vice-presidente eleito e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), ouviu ontem da presidente eleita Dilma Rousseff um apelo veemente contra a PEC 300, cuja votação foi prometida por ele aos policiais, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete.

Para a petista, a eventual aprovação do piso salarial da categoria teria o efeito de "abrir a porteira", deflagrando onda de pressão para que sejam apreciados outros projetos multiplicadores dos gastos públicos.

O vice tentou contemporizar, mas, diante da inflexibilidade de Dilma, sugeriu que, se a proposta for engavetada, a responsabilidade seja dividida com os partidos da base.

Há quem diga que chegou a hora de o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT), em campanha pelo comando da Casa, mostrar a que veio.

Temer nega, mas líder do PMDB confirma discussão

Após a divulgação da nota sobre a PEC 300 o vice-presidente eleito Michel Temer negou que houvesse recebido de Dilma o pedido para engavetar a PEC.

Mas, o assunto foi tema de discussão na reunião de líderes, como mesmo definiu o líder do PMDB e aliado de Temer, deputado Henrique Alves.

Eis as notas da coluna Painel, da Folha de hoje, que dá a versão de Temer, mas reforça que o governo tentou, sim, deixar a PEC pra lá.

EU NÃO Do vice eleito, Michel Temer, negando ter recebido pedido para engavetar na Câmara o projeto que estabelece piso salarial para os policiais: "Alguém quer me intrigar com a presidente Dilma. Não tratamos da PEC 300 em nossa conversa.

EM OUTRA Um dia depois de representantes do governo, reunidos com a equipe de transição, terem deixado claro que é imperativo barrar a votação da PEC 300, explosiva para as contas públicas, o líder da bancada do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), saiu de reunião na Câmara e mandou bala no Twitter: "Durante a reunião de líderes, defendi a votação da PEC 300. Ainda falta a apreciação de alguns destaques".

Fonte - cadaminuto

Presos mantém três agentes reféns em presídio de São Luís.
Parte II

Após uma rebelião de 30 horas encerrada ontem, em que 18 presos foram mortos, as autoridades decidiram transferir 20 detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.

A informação divulgada é que a transferência emergencial ocorreu ontem à noite e foi decidida logo após o fim do motim, em que os presos, além de matar colegas, mantiveram 3 agentes penitenciários reféns.

Seriam transferidos para Campo Grande os presos mais perigodos e que provocaram conflitos.

A rebelião começou por volta das 8h de segunda-feira. Os presos renderam um agente penitenciário e pegaram sua arma. Os presos reivindicam melhorias nas condições do complexo penitenciário como, por exemplo, no sistema de abastecimento de água e a substituição do diretor do presídio.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão divulgou nota afirmando que no Complexo de Pedrinhas, “há um estado de tensão permanente entre facções de presos”. De acordo com a secretaria, “no Maranhão, assim como nos demais estados, a superlotação dos presídios é uma realidade”. A solução para o problema, conforme a nota, é a construção de novas unidades prisionais.