Em um pavilhão, dois Agentes e cerca de duzentos presos. É
essa a realidade dos presídios acreanos. Com falta de pessoal, poucos Agentes
são responsáveis por garantir a segurança nos presídios do Acre.
Na sexta-feira, 1º, um tumulto na Unidade de Recolhimento
Provisório colocou em cheque a segurança nas penitenciárias. Um grupo de presos
iniciou uma rebelião e nove deles foi atingido por arma não letal contra a cela
disparada por um Agente para impedir a fuga. Os nove presos sofreram ferimentos
leves e foram hospitalizados.
Foi aberto procedimento administrativo, a ocorrência foi
registrada em delegacia e os presos foram levados para o Pronto Socorro e
depois para o Instituto Médico Legal (IML).
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre,
Adriano Marques, considerou o Agente um herói anônimo e guardião da sociedade
acreana por ter agido através do uso progressivo da força usando tecnologias
menos letais para se evitar uma fuga em massa de presos.
“Importante registrar que se trata de um servidor exemplar
que em mais de quatro anos nunca faltou um serviço, e que eram aproximadamente
220 presos para apenas dois Agentes Penitenciários”, disse.
Em nota, o diretor-presidente do Instituto de Administração
Penitenciária do Acre (Iapen), Dirceu Augusto, disse que a direção tomou todas
as medidas necessárias, inclusive, no afastamento do Agente responsável por
efetuar os disparos até que o caso seja apurado.
“Por fim, a direção do Iapen repudia e lamenta o ocorrido,
reforçando que não pactua com quaisquer atos de violência contra os
reeducandos”, diz a nota.
Fonte - agazetanet