quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Itamaracá: rebelião deixa dois mortos e dez feridos na Penitenciária Agroindustrial São João

Duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas durante uma rebelião na manhã desta quinta-feira (13) na Penitenciária Agrícola de Itamaracá (PAI), na Região Metropolitana do Recife. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) – as dez pessoas são detentos da unidade. Segundo a assessoria de imprensa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu, dois detentos já chegaram motos à unidade, outro foi encaminhado ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Não há informações sobre o estado de saúde dele.

Os presos se queixam da comida, pedem a liberação da entrada de alimentos. Eles também protestam contra o uso da tornozeleira. Do lado de fora, durante toda a manhã, foi possível ouvir barulho de tiros e bombas e havia muita fumaça saindo pelo telhado. Grupos de presos ocuparam o telhado da instituição, segurando faixa e armas caseiras, como facas, bastões com fogo e espadas. No entanto, para a Seres, não foi uma rebelião, mas um tumulto, uma vez que o estado não perdeu o controle sobre a situação, que ocorreu em apenas um dos pavilhões da unidade. Os próprios Agentes Penitenciários resolveram a situação. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado ao local – segundo a Seres, para ajudar na revista. Tanto o Choque quanto o titular da Seres, Romero Ribeiro, estão no momento dentro da unidade prisional.
Ainda há viaturas do Corpo de Bombeiros do lado de fora. Atualmente, de acordo com a Seres, a unidade abriga 1.870 presos, mas tem capacidade para 650.

Pouco após as 11h, o secretário de Ressocialização, coronel Romero Ribeiro, saiu para conversar com os jornalistas. Sem dar muitos detalhes sobre a situação, ele garantiu que a situação já está controlada. "Tudo aconteceu há muito pouco tempo, precisamos verificar ainda. Estamos confirmando algumas coisas, reformulando outras", explicou o secretário, que não falou sobre o que vai ser feito do diretor da unidade, Ricardo Pereira. "Só depois de uma avaliação podemos dizer o que realmente aconteceu", garantiu.