sábado, 26 de novembro de 2011

Juiz corrupto: pena tem de doer no bolso, diz Eliana

A corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Eliana Calmon afirmou que as penas contra juízes envolvidos em corrupção 'têm de mexer no bolso' deles. Segundo a corregedora, as penalidades devem incluir multas e a devolução de valores que forem obtidos pelos juízes com a venda de sentenças ou outros atos ilegais. Ao comentar a investigação do CNJ sobre a evolução patrimonial de 62 magistrados sob suspeita, revelada pelo Folha na edição do último domingo, ela disse: 'Tenho certeza de que nesta semana eu deixei muito desembargador sem dormir direito'.
Recentemente Calmon iniciou polêmica que envolveu o presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cezar Peluso, depois de dizer que o Judiciário tem infiltração de 'bandidos escondidos atrás da toga'.
Ela lembrou que atualmente a pena máxima para juízes prevista é a aposentadoria compulsória. 'Hoje em dia, aposentadoria não é mais punição''. Para ela, as penas contra os magistrados devem ser usadas para repor o que 'se pegou dos cofres públicos'. 'Se há um patrimônio incompatível com a renda, com a suspeita de receber um valor 'x' em um processo, devolva', afirmou a corregedora sobre a venda de sentenças.

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