quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Agentes penitenciários de PE criticam condições de trabalho

A superlotação das unidades penitenciárias, o déficit de policiais e as más condições de trabalho foram apontados pelos representantes dos oficiais como as causas da onda de tumultos e rebeliões que toma conta dos presídios do Grande Recife nesta semana. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários, esses problemas poderiam ser contidos com mais eficácia se o efetivo estivesse completo. Já a Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco pede melhores condições de trabalho.
Ao confirmar a retomada da rebelião no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno), localizado na Zona Oeste do Recife, na manhã desta terça-feira (20), o presidente Sindicato dos Agentes Penitenciários confessou que é difícil trabalhar na situação atual. “O clima dentro do presídio é de tensão e a gente tem que estar em constante atuação para evitar maiores transtornos, mas as condições de trabalho são difíceis. Hoje nós temos apenas cerca de quatro ou cinco oficiais por plantão e com esse efetivo não dá para conter atos ilícitos como a entrada de armas e drogas por cima do muro”, desabafou João Carvalho.
Segundo ele, com esse número de policiais, cerca de 60% das guaritas ficam desativadas. “Se a gente tivesse um efetivo completo, poderia conter esses atos ilícitos. Mas hoje o déficit é de 4,7 mil agentes”, completa. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários ainda pediu a nomeação dos oficiais aprovados em concurso. “O estado diz que nomeou 132, mas até o momento esse pessoal não foi convocado. Outros 150 concluíram todas as etapas e estão esperando serem chamados para o curso de formação”, afirma.


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