Cerca de 300 presos, entre eles os acusados de matar a turista alemã Jenniffer Kloker, Pablo e Ferdinando Tonelli, além de Alexsandro Neves dos Santos, foram transferidos do Presídio Professor Aníbal Bruno, no Recife, para a Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. De acordo com o superintendente de Segurança Penitenciária da Seres, coronel Francisco Duarte, o objetivo da ação, que foi realizada em agosto, é diminuir a população carcerária da unidade durante a reforma que está sendo feita no local. Ainda de acordo com o superintendente, o pavilhão “J” teve que ser desocupado para reforma. Para isso, a Seres solicitou uma ordem judicial aos juízes das 1ª e 2ª Vara de Execução Penal, respectivamente, Adeíldo Nunes e Cícero Bittencourt, para permitir, extraordinariamente, a transferência. A ação é provisória e deve garantir mais conforto aos apenados. “Essa é uma ação em caráter excepcional, uma vez que a Barreto é uma unidade apenas para presos que já foram sentenciados”, explicou ele.
Até o dia de ontem, 4.786 homens estavam reclusos no Aníbal, onde esperam por um julgamento. A unidade tem capacidade apenas para 1.448 pessoas. Já a Barreto Campelo tem capacidade para 1.140 pessoas, e até esta quarta, 1.855 cumpriam pena na unidade prisional. “Ou seja, enquanto o deficit no Aníbal é de 3.338 vagas, na Barreto é de 709. Por isso, a unidade prisional de Itamaracá se tornou a melhor escolha”, explicou o coronel, que reforçou ainda que a transferência não atrapalhará o acompanhamento dos presos às audiências em suas respectivas comarcas.
Com a reforma, o Aníbal Bru¬no será dividido em três unidades, aumentando a sua capacidade para quase quatro mil presos. A expectativa é que as obras sejam concluídas em junho do próximo ano. Um muro de seis metros de altura vai dividir os pavilhões que existem atualmente. Estão sendo construídas para cada unidade, salas de aula, espaço para desenvolver trabalhos remunerados, quadra poliesportiva, consultórios médico e odontológico. Até o final do ano, devem ser inauguradas duas unidades, a Frei Damião de Bozano e a Agente Penitenciário Marcelo Francis, cada uma delas com quatro pavilhões. A terceira parte, a Juiz de Direito Antônio Alencar, deve ficar pronta no meio do ano que vem. Cada presídio ficará com, aproximadamente, 1,2 mil homens.
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