sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Teste de DNA gera reviravolta em caso centenário de assassinato

Pedaço de pele utilizado para condenar à forca o médico Hawley Crippen pela morte da esposa não pertencia a ela

Em 1910, o médico homeopata americano Hawley Crippen foi enforcado por ter matado sua mulher, Cora, com requintes de crueldade na casa dos dois em Londres e embarcado em um navio com a amante para o Canadá. A história rendeu diversos livros e filmes, que contam com lances espetaculares como a prisão de Crippen e da amante pela Scotland Yard dentro do navio e detalhes sórdidos como o fato de Crippen ter friamente esquartejado e enterrado pedaços do corpo de Cora no porão. A prova utilizada para condenar Crippen foi um pedaço de pele de abdome com uma cicatriz que pertenceria a Cora encontrado no local e que o patologista Bernard Spilsbury afirmou ser consistente com a história médica da vítima. Outras partes do corpo de Cora nunca foram encontradas.
Cem anos depois, a história contada pelo DNA do tecido é outra. Ele não pertencia a Cora e nem sequer a uma mulher. Era de um homem, segundo análise liderada pelo especialista em ciência forense David Foran da Universidade Estadual de Michigan. “A evidência usada para condená-lo [Hawley Crippen] sempre foi, de certa forma, suspeita para os padrões atuais. Era interessante verificar se os restos realmente pertenciam à Cora”, afirmou Foran.


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