sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Rebelião no Maranhão deixa seis presos mortos


Há exatamente três meses, em 8 de novembro de 2010, explodia a rebelião mais sangrenta já registrada em prisões maranhenses, quando 18 detentos do presídio de São Luís, que integra o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, foram mortos e três deles, decapitados. Apesar de tão pouco tempo, novo registro bárbaro reforça a situação de falência que se instalou no sistema carcerário do estado.
Na madrugada de ontem, seis presos alojados com outros 91, na carceragem da Delegacia Regional de Pinheiro, cidade localizada a 86km da capital, foram mortos e quatro deles também tiveram suas cabeças arrancadas do corpo. Entre eles, José Agostinho Bispo, que ficou conhecido como o “Monstro de Pinheiro” (leia memória abaixo). Uma tentativa de fuga frustrada e a superlotação da carceragem, que tem capacidade para apenas 38 presos, teriam sido a razão do motim.

“A situação da segurança no estado é um colapso”, disse a secretária de Direitos Humanos do estado, Luiza Amorim Oliveira, em entrevista no Palácio dos Leões, sede do governo local. A primeira decisão foi transferir 16 presos da carceragem da Delegacia Regional de Pinheiro para outras delegacias da região, em caráter provisório, à espera da construção de um presídio na cidade. Obra que foi anunciada pela primeira vez há sete anos, com a liberação de R$ 5 milhões em verbas para início da construção. Ontem, em meio à confusão causada por conta das cenas bárbaras, o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, afirmou que em março, o trabalho recomeçará com prazo de 100 dias para a conclusão.

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