A
polêmica em torno da Parada Gay de São Paulo segue repercutindo em outros
Estados do País. Em Pernambuco, deputados estaduais que são evangélicos
repudiaram o ato de crucificação protagonizado por uma travesti na Avenida
Paulista, e aproveitaram para pedir o uso da Polícia Militar se algo do tipo
acontecer na Parada da Diversidade, correspondente pernambucano da Parada Gay,
que acontece em setembro.
“Se
isso acontecer em Pernambuco, vai ser usada força policial, porque é lei. Aqui
a gente não vai aceitar que isso aconteça”, afirmou Adalto Santos (PSB), em
sessão do último dia 10 de junho.
A
manifestação recebeu forte apoio dos demais parlamentares evangélicos da Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe).“Todos têm direito de se manifestar, mas o
incidente de São Paulo foi caso de polícia,” declarou Joel da Harpa (PROS).
“Essas pessoas não querem a paz, não querem a moralidade e o bem estar de um
pai de família. E vamos jogar a lei, a polícia, o que necessário for”, exclamou
Dr. Valdi (PP).
Já
para o deputado Professor Lupércio (SD), “o ocorrido foi um vexame brasileiro”.
“Defendemos a liberdade de expressão, mas é preciso cuidado com excessos nas
manifestações”, emendou Odacy Amorim (PT). Diante das manifestações, o deputado
Pastor Cleiton Collins (PP) tentou adotar um tom mais ameno, pregando “o
diálogo”.
Os
demais parlamentares reagiram aos discursos dos colegas evangélicos. “Farei
ofício ao governo do Estado para que polícia não seja objeto de incitação da
ira, mas ferramenta de proteção dos cidadãos”, disse a deputada Teresa Leitão
(PT).
“Me
impressionou a postura coronelista que eu vi no plenário, como se a Polícia
Militar de Pernambuco fosse um grupo a serviço de uma Igreja. Essa postura
atrasada, como se nós vivêssemos em uma fazenda no início do século passado não
cabe no Parlamento”, completou o deputado Edilson Silva (PSol).
Por
enquanto, nem a PM ou o governo de Pernambuco se pronunciaram sobre os pedidos
dos deputados evangélicos.
Fonte-brasilpost
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