O Menino Deus vem ao mundo e assume a condição humana. Cresce no seio de uma família humilde e pobre, tomando parte das aventuras e dificuldades comuns a todas as famílias.
A Sagrada Família, ao fugir para o Egito e depois voltar à Terra Prometida, refaz o caminho do êxodo. Representa assim todo um povo que não fica parado diante das ameaças que são os interesses de poderosos como Herodes.
Como não considerar, hoje, nossas famílias com suas crises e problemas? Se é verdade que o modelo de família tem mudado muito nos últimos tempos, é também certo que nada substitui o berço de onde cada um de nós vem. Berço sagrado, onde habita o próprio Deus. Um dos maiores desafios, portanto, talvez seja o de recuperar a dimensão sagrada da família. É lamentável ver tantas delas, sobretudo famílias recém-formadas, desfeitas por atitudes imediatistas e pela mentalidade do menor esforço, a qual tudo banaliza e foge do compromisso, porque este implica sofrimento, renúncia e perseverança.
Quão atentos estamos hoje à voz de Deus, que nos fala nas situações e conflitos e nos pede que fujamos de tudo o que tenta tirara vida? José é exemplo de quem está atento. Por três vezes ele obedece à voz de Deus, que lhe vem por meio de sonhos. Faz sua parte para que o Filho de Deus, no seio de sua família, chegue a Nazaré. Nazaré faz pensar na palavra profética de lsaías, que falava de um broto no tronco. Jesus é o “broto novo”, aquele que inicia com a humanidade uma nova história. Ele vem para libertar e encontra pessoas como José e Maria, atentas à voz de Deus.
Esta nova história, com Jesus, passa necessariamente por nossas famílias. Deus acompanha a todas elas, em todos os momentos. Cabe a nós, no entanto, estar atentos à sua voz, para que ninguém e nada destrua o que existe de mais sagrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário