sexta-feira, 14 de maio de 2010

Morte no Aníbal Bruno ( PPAB)


Uma briga entre detentos do Presídio Professor Aníbal Bruno, em Tejipió, terminou em um grande confronto que deixou, pelo menos três mortos e 17 feridos. Devido à gravidade da confusão provocada pelos presos, agentes penitenciários tiveram que interferir e apartar a briga, mas acabaram se tornando também alvos de agressões. Para contornar a situação, o Batalhão de Choque e a Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) foram acionados e o confronto tomou maiores proporções. Testemunhas relataram ter ouvido muitos tiros por cerca de 20 minutos.


O motivo do desentendimento entre os presos, segundo informações iniciais, está relacionado com o fato de um detento ter denunciado a formação de uma milícia pelos chaveiros (que também são detentos) dentro da unidade. Ontem, os presos teriam se reunido para acertar as contas com esse detento “delator”. Segundo informações extraoficiais, os detentos estavam com pedras e pedaços de pau e não há confirmação se eles usaram armas de fogo. A confusão dentro do presídio iniciou, por volta das 22h, próximo ao galpão da enfermaria da unidade.

Cerca de 30 homens do Batalhão de Choque, além do efetivo (não informado) do Cioe, tiveram que entrar no presídio para conter a situação. Por volta das 1h, mais 20 homens do Choque chegaram ao local, mas a situação já estava controlada. Os feridos foram socorridos por equipes do Samu e pelo Corpo de Bombeiros para os hospitais Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Restauração. Dois dos mortos faleceram a caminho do hospital.

As vítimas fatais confirmadas são Airon Nunes Queiroz, de 46 anos, e Márcio Lima da Silva, 25, que morreram após dar entrada no HOF. O outro detento morto foi identificado como Gilberto Morais, de idade não revelada. Por volta das 2h45 o corpo da terceira vítima permanecia dentro da unidade. Segundo informações da Secretaria de Ressocialização (Seres), Gilberto possuía um corte profundo que se estendia do pescoço à cabeça.

Depois que os 185 agentes e militares conseguiram controlar a rebelião, o secretário de Ressocialização, coronel Humberto Viana, falou sobre o episódio. "Temos uma população carcerária que cresce a cada dia e sempre há o encontro de grupos que trazem rixas lá de fora. O que conseguimos levantar até o momento é que um grupo está instatisfeito em dividir o pavilhão com o outro e a violência acaba acontecendo. Vamos apurar tudo o que se passou aqui e estaremos realizando algumas transferências para tentar acalmar os ânimos", explicou. O PPAB abriga mais de 3.600 homens, quando sua capacidade é de aproximadamente 1.400 presos, segundo a Seres. Somente nos dois galpões estão 180 pessoas.

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