Na
última semana, novos capítulos da falta de segurança nas unidades prisionais
ganharam destaque na imprensa pernambucana. Não é para menos. A Penitenciária
Barreto Campelo, em Itamaracá, descrita como de “segurança máxima” foi cenário
para a fuga de seis detentos. Já no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal
Bruno) por pouco não acontece o mesmo.
Semanalmente um novo túnel em construção é encontrado pelos agentes
penitenciários.
O
que se percebe é que os presídios do Estado continuam sem a atenção que
deveriam ter por parte dos seus gestores. Estão abandonados. É injustificável
que reeducandos explodam um muro de uma unidade de segurança máxima e consigam
fugir. Quem será responsabilizado pela falta de segurança na Penitenciária
Barreto Campelo?
Nesse
sábado, outro túnel foi encontrado no pátio de uma das unidades do Complexo
Prisional do Curado. Já são 11 idênticos encontrados recentemente. E quem até
agora recebeu alguma punição por permitir que os presos cometam tais delitos?
Não
será surpresa se na próxima semana outros buracos sejam encontrados. A
Secretaria Executiva de Ressocialização argumenta que está fazendo um trabalho
de constantes vistorias para evitar as fugas. Mas evitá-los deveria ser o
básico. E nem o básico a Seres parece estar conseguindo fazer.
Prova
disso foi a morte de um mecânico que morava a menos de 500 metros do Complexo
do Curado. Foi vítima de bala perdida. Isso há 15 dias. E nenhuma resposta
sobre isso foi dada à família da vítima nem à sociedade.
A
impressão que se tem é que entra secretário, sai secretário e nenhuma solução
para amenizar os problemas nos presídios é colocada em prática. Pelo contrário.
Os gestores, cada vez mais políticos, dão entrevistas apenas para dizer que
estão “trabalhando para mudar o cenário”. Mas enquanto o discurso não sai do
papel, os detentos aproveitam para por a criatividade em ação. E a população
assiste a tudo e se questiona para quê ainda servem os presídios em Pernambuco?
“Ressocializar” parece não ser mais a resposta.
Fonte-jc
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