segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Presídios de Pernambuco continuam em estado de abandono

Na última semana, novos capítulos da falta de segurança nas unidades prisionais ganharam destaque na imprensa pernambucana. Não é para menos. A Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, descrita como de “segurança máxima” foi cenário para a fuga de seis detentos. Já no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno) por pouco não acontece o mesmo.  Semanalmente um novo túnel em construção é encontrado pelos agentes penitenciários.
O que se percebe é que os presídios do Estado continuam sem a atenção que deveriam ter por parte dos seus gestores. Estão abandonados. É injustificável que reeducandos explodam um muro de uma unidade de segurança máxima e consigam fugir. Quem será responsabilizado pela falta de segurança na Penitenciária Barreto Campelo?
Nesse sábado, outro túnel foi encontrado no pátio de uma das unidades do Complexo Prisional do Curado. Já são 11 idênticos encontrados recentemente. E quem até agora recebeu alguma punição por permitir que os presos cometam tais delitos?
Não será surpresa se na próxima semana outros buracos sejam encontrados. A Secretaria Executiva de Ressocialização argumenta que está fazendo um trabalho de constantes vistorias para evitar as fugas. Mas evitá-los deveria ser o básico. E nem o básico a Seres parece estar conseguindo fazer.
Prova disso foi a morte de um mecânico que morava a menos de 500 metros do Complexo do Curado. Foi vítima de bala perdida. Isso há 15 dias. E nenhuma resposta sobre isso foi dada à família da vítima nem à sociedade.
A impressão que se tem é que entra secretário, sai secretário e nenhuma solução para amenizar os problemas nos presídios é colocada em prática. Pelo contrário. Os gestores, cada vez mais políticos, dão entrevistas apenas para dizer que estão “trabalhando para mudar o cenário”. Mas enquanto o discurso não sai do papel, os detentos aproveitam para por a criatividade em ação. E a população assiste a tudo e se questiona para quê ainda servem os presídios em Pernambuco? “Ressocializar” parece não ser mais a resposta.

Fonte-jc

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