Pernambuco
ganhou uma nova ferramenta para combater o crime através de análises de DNA. O
estado é o primeiro do país a coletar material genético de condenados por
crimes hediondos, como estupro e homicídio, para inserção no Banco de Dados de
Perfis Genéticos (Codis).
O
banco, que tem tecnologia disponibilizada pelo FBI (polícia federal
norte-americana) está presente em 17 estados e no Distrito Federal, para
facilitar a identificação de reincidentes e crimes em série, e integrar o
trabalho das polícias.
A
coleta em condenados é prevista na Lei 12.654/12, mas ainda não era cumprida
pelos bancos de dados no Brasil. Pernambuco, mesmo sendo um dos últimos a
instalar o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense, foi o
primeiro a iniciar o processo, na Penitenciária Professor Barreto Campelo, na
Ilha de Itamaracá, em 2014.
Cerca
de 800 presos tiveram o material coletado com a ajuda de um swab, cotonete que
retira amostras da mucosa da bochecha. As informações foram levadas ao
laboratório, que identificou 270 perfis e adicionou ao banco do estado.
Até
o fim do primeiro semestre, o DNA dos outros 530 detentos será sequenciado e
transferido ao Codis. A previsão é de que no segundo semestre o trabalho comece
no Complexo do Curado.
“É
realizado um exame de comparação do que foi deixado no local do crime com os
dados adicionados nos Codis em todo o território nacional. Dessa maneira, já
identificamos que um mesmo homem cometeu um crime em Caruaru em 2010 e outro
São Paulo em 2012”, explicou o diretor do Laboratório de Perícia e Pesquisa em
Genética Forense, Carlos Souza.
Nos
EUA, o Codis é usado em 180 laboratórios. Em outros 27 países, há 40
laboratórios. No banco também ficam armazenadas referências de vestígios
deixados na cena do crime.
Para
a gerente geral da Polícia Científica, Sandra Santos, a tecnologia dará
celeridade às investigações. “Treinamos a perícia criminal para coleta de DNA
e, na próxima semana, vamos reiniciar o treinamento com a equipes do DHPP.”
Atualmente, 125 peritos criminais compõem o quadro da Polícia Científica. Um
concurso com 316 vagas está previsto para este ano. De hoje ao dia 28, acontece
na UFPE o Primeiro Workshop Nordestino de Genética Forense.
Fonte-dp
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