sexta-feira, 27 de abril de 2012

Secretário de Defesa Social considera "desastrosa" ação de policial espião

O secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio, lamentou na manhã desta sexta-feira (27) a ação que, segundo ele, foi “desastrosa” do policial que foi pego ontem espionando uma reunião na sede do Sindicato de Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) para discussão dos moldes da campanha de revisão salarial. Segundo Damázio, o agente agiu por conta própria, sem autorização dele ou do corregedor da Secretaria de Defesa Social (SDS). “Ao meu sentir, o agente quis mostrar serviço para a chefia dele”, disse o secretário.

A Corregedoria da SDS já instaurou sindicância para apurar os fatos. O agente em questão foi colocado à disposição da superintendência de gestão de pessoas da secretaria. A delegada que dirige o núcleo de inteligência também foi afastada da função. “Cada chefe tem o ônus de saber o que a sua equipe esta fazendo. É por isso que há essa estratificação na estrutura da SDS. No caso, ela é responsável por um núcleo de inteligência da corregedoria e tinha que ter controle dessas ações, e por isso está sendo afastada. Mesmo informando que não autorizou esse tipo de postura”, justificou Damázio.

Durante a reunião, o agente entrou na sede do Sinpol e ao encontrar o presidente do órgão, Cláudio Marinho, deu início a uma série de questionamentos sobre detalhes da campanha e das estratégias previstas. Após uma suspeita, foi constatado que ele utilizava óculos que permitem a gravação de áudio e vídeo. Na ocasião, o policial informou que fazia parte do setor de inteligência da Corregedoria, sob o comando de uma delegada.
CAMPANHA

De acordo com Damázio, não há mal estar entre a SDS e o sindicato, apesar do ocorrido. “No momento em que o fato ocorreu, Marinho me ligou e disse pra ele formalizar a denúncia para que eu mandasse apurar. Expliquei que a ação não tinha autorização minha nem do corregedor”, afirmou o secretário.
Damázio destacou ainda que a Secretaria tem investido na capacitação de agentes e delegados. No ano passado, 300 passaram pelo treinamento. Segundo ele, já existe um curso programado. “É um curso direcionado para essa área de investigações sensíveis, como da área de inteligência”, afirmou.
Fonte - FP

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