Esse texto tem como objetivo levar aos Agentes Penitenciários de Pernambuco a um exercício reflexivo, sobre qual futuro queremos para a nossa categoria e como pensamos o sistema penitenciário que fazemos. Como sabemos a divisão da categoria serve aos interesses do governo que vem demonstrando ser um governo neoliberal e isso representa o afastamento do aparelho estatal das políticas públicas que viabilizam as melhorias para as populações subalternizadas. Saúde, educação, segurança pública são setores atacados por esse governo. O referido governo tem como objetivo privatizar o sistema penitenciário, como exemplo temos o complexo penitenciário de Itaquitinga, através da parceria pública privada, esse modelo é copiado dos Estados Unidos e visa obter lucro com a prisão de pobres e negros, pois na America punir os pobres dá lucro, não é à toa que o setor penitenciário é o terceiro maior no ranking de arrecadação naquele país perdendo apenas para setor financeiro e industrial. Então aumentar a carga horária da categoria é uma demonstração clara de que a intenção é facilitar a vida dos futuros empresários do promissor mercado que, se abre com esse novo paradigma. O governo tenta a todo custo baratear o aumento da carga horária. Que o governo tente a todo custo o barateamento, isso a gente entende, pois historicamente os governos se organizam contra as classes trabalhadoras, sendo assim a luta contra governos reacionários é sempre muito difícil e é preciso muita organização dos trabalhadores e trabalhadoras, no entanto “os nossos representantes” parecem que se aliaram ao governo com manobras e práticas terroristas, isso fica nítido quando apresenta uma tabela que trás prejuízos a categoria e coloca em votação a retirada da ação que paralisou o governo na tentativa de aumentar a nossa carga horária. O que nos leva a pensar o que aconteceu entre a postura competente do setor jurídico desses mesmos representantes que como já foi dito paralisou ação descabida do governo e agora vem propondo aceitar uma proposta que trás prejuízos enormes a categoria? A proposta do governo é ridícula é uma piada, é pensar que somos idiotas, pois se sabemos que temos direito adquirido e que não só se trata de um direito, bem como da necessidade de descanso, a nossa função é a segunda de maior risco de doença de trabalho. A síndrome da desistência que acarreta males como alcoolismo, depressão etc. então a discussão sobre aumentar a carga horária é preciso muito cuidado e muita atenção. Todo sistema para funcionar bem. Tem como função dividir seus membros, nós somos divididos através das migalhas e más condições de trabalho é ai que aparece as subcategorias plantonistas, diaristas, os gratificados é por isso que são sempre os mesmos que assumem os mesmas funções independente da unidade, como se concordar com o governo seja a competência necessária para exercer os cargos no sistema. Com isso forma-se uma blindagem em torno dos gestores e suas intenções. No entanto só existe uma categoria que é a de Agentes Penitenciários. No entanto as práticas de desvalorização da nossa função nos remetem a uma categoria com a auto-estima baixíssima e não conseguimos refletir sobre nossa importância social de como um sistema penitenciário devidamente organizado pode trazer bons resultados sem precedentes para todos. Então convocamos todos a pensar como categoria única que as nossas diferenças não prejudiquem o futuro de uma categoria tão importante para a sociedade. O sistema penitenciário pode deixar de ser um lixão e nós podemos deixar ser tratados como “garis”, pois uma sociedade baseada na meritocracia desvaloriza a função de quem cuida do lixo produzido por ela. O que precisamos entender é que o que esta em jogo é muito mais de que alguns trocados a intenção do governo é de fato consolidar um novo modelo de penitenciarismo, no qual nós Agentes Penitenciários somos dispensáveis. O governo do senhor Eduardo Campos só no seu primeiro governo colocou mais de 10 mil policiais entre civis e militares, sem levar em conta no número de bombeiros militares, também contratados em contra partida não nomeou um só Agente Penitenciário, por quê? Precisamos recuperar nossa auto-estima e sair da defensiva, a luta nos espera se o governo quer comprar nossa folga que pague um preço justo. Não podemos nos dividir, pois categoria cindida é categoria fraca, categoria organizada e conectada é categoria forte. Todo sistema precisa de capitão do mato e precisamos conversar com os nossos colegas que assumem cargos no governo, pois eles não devem favor a ninguém, os cargos no sistema são sim para ser ocupado pelos Agentes e cada vez mais tirar os estrangeiros dos cargos de comando. Mesmo existindo uma secretaria que organiza a segurança pública que é formada pelas policias civis e militares, além dos bombeiros. Cada uma dessas instituições tem seus membros como dirigentes a policia civil têm um delegado como diretor, a policia militar tem um coronel como comandante e nós os Agentes não podemos e não sabemos nos dirigir? A ideia é formar um grupo forte para discutir sobre a melhor saída para esse impasse, sim queremos a convocação dos novos colegas, mas não podemos pagar esse preço, é preciso defender as melhores condições de trabalhos para nós e os que estão chegando, para isso precisamos barrar a proposta do governo.
Juntos somos fortes e vamos buscar ajuda de aliados dentro e fora da categoria. Já dizia uma velha letra: Quem sabe faz à hora não espera acontecer.
EUCLIDES COSTA
falou tudo Euclides, infelizmente os ASPs que cometeram o crime de votar SIM naquele circo montado pelos integrantes da ASPEPE não entenderão absolutamente nada do que vc acabou de falar pois os mesmos não conseguem se quer enxergar um palmo na frente do nariz e so olham para os seus umbigos com extrema falta de solidariedade para com os colegas que trabalham em UPs e com a idéia errônea de que jamais sairão da aba dos coroneis da secretaria .....acordem!!!
ResponderExcluir