terça-feira, 22 de março de 2011

DNA DO PELO DE UM GATO É ACEITO COMO EVIDÊNCIA CONTRA UM SUSPEITO DE CRIME


Em 1994, o corpo de Shirley Duguay, de 32 anos, e mãe de cinco filhos, foi encontrado em uma cova rasa enterrado alguns meses antes, na província de Prince Edward Island, no Canadá. O companheiro dela, Douglas Beamish, passou a ser o principal suspeito do crime. Durante a busca do corpo, os peritos policiais encontraram um saco plástico com uma jaqueta de couro. Nela havia manchas de sangue que o exame de DNA comprovou ser o sangue de Shirley. A jaqueta também estava coberta com pêlo de gato. Os policiais, durante as investigações, na casa de Douglas, que estava separado de Shirley, tinham visto um gato branco peludo que pertencia à família.

A perícia acreditava que, se o DNA comprovasse que os pelos da jaqueta pertenciam ao gato, o envolvimento de Douglas no crime estaria estabelecido. Mas o DNA de gato, constataram os peritos, não pôde ser analisado para os mesmos polimorfismos humanos. Os policiais decidiram, então, recorrer à cientista Marilyn Menotti- Raymond, do Laboratório de Diversidade Genômica em Frederick, Maryland. Ela foi capaz, com seus estudos e laudos, de comprovar que o pêlo encontrado na jaqueta realmente pertencia ao gato de Douglas.

Esse foi o primeiro caso no qual a tipagem do DNA de um animal foi aceita como evidência na corte penal contra um suspeito de crime. Depois dessa experiência, o laboratório da doutora Marilyn passou a receber solicitações para tipagem de DNA semelhantes e ela foi premiada com 265 mil dólares pelo Departamento de Justiça americano para desenvolver o banco de dados nacional de felinos. Após o caso Douglas Beamish ter sido esclarecido, gatos e cachorros têm fornecido evidências em dezenas de crimes praticados nos Estados Unidos e no Canadá.

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