Um clima de tensão marcou a tarde deste domingo no presídio Aníbal Bruno, bairro do Sancho no Recife, um dia após a transferência de 15 presos da unidade. O horário de visitas terminou duas horas antes do habitual (14h em vez de 16h) e um grupo de quase 50 mulheres de detentos permaneceu toda a tarde diante da unidade, temendo motim.
A transferência ocorreu esse sábado depois que presos do pavilhão J reclamaram de maus tratos e violência por parte dos chaveiros daquele setor - os chaveiros são presos que detêm o poder da chave dos pavilhões.
Com a denúncia, a direção do Aníbal Bruno transferiu sete presos para a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, e mais sete para o Centro de Triagem em Abreu e Lima (Cotel), além de um detento, que atuava como chaveiro, para o presídio de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.
As mulheres, que ficaram se comunicando com os maridos através de celulares, contaram que policiais do Batalhão de Choque chegaram a entrar no presídio. O diretor do presídio, coronel Geraldo Severiano, porém, negou.
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