quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Colombiano Abadia revelou plano de Fernandinho Beira-Mar para sequestrar filho de Lula


O plano do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de sequestrar Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, foi revelado pelo traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, em janeiro 2008, ao juiz Odilon de Oliveira — então corregedor da Vara Federal de Execução Penal, responsável pelo presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), onde os 2 criminosos estavam presos.


Apesar de Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP) terem negado na época a existência de um plano tramado dentro da cadeia, o depoimento de Abadia consta em processo que tramita em segredo de Justiça na 5ª Vara Federal Criminal do Mato Grosso do Sul. Em troca, o colombiano pediu a transferência da mulher, Jéssica Paola Rojas de Morales, presa em São Paulo, para outra penitenciária, mas resolveu não colaborar mais quando soube, por advogados, que Jéssica não seria transferida. Apesar da revelação, Abadia era um dos financiadores do plano.

Entre as revelações, Abadia afirmou que Beira-Mar já sabia como era a rotina de Luís Cláudio. Quatro pessoas estavam responsáveis pelo levantamento de dados e já haviam reunido mais de 200 fotos de lugares frequentados por ele. O objetivo era, em troca da vida do filho de Lula, negociar a liberdade de Beira-Mar e dos assaltantes José Reinaldo Girotti, o Alemão, e João Paulo Barbosa, os maiores ladrões de banco do País. Alemão é também apontado como importante financiador da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

Para executar o plano, Beira-Mar empregaria 500 mil dólares. Dois meses depois do depoimento de Abadia, o que deu início à investigação da Operação X, da PF e do MP, os policiais descobriram que Abadia não havia contato tudo. O colombiano era também financiador do sequestro. O grupo pretendia aterrorizar ainda alguns juízes e promotores. Para burlar a segurança máxima, Beira-Mar e Abadia tiveram a ideia de compartilhar advogados e familiares de outros presos.
Fonte- odia 

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