O plano do traficante Luiz Fernando da Costa,  o Fernandinho Beira-Mar, de sequestrar Luís Cláudio Lula da Silva,  filho do ex-presidente Lula, foi revelado pelo traficante colombiano  Juan Carlos Ramirez Abadia, em janeiro 2008, ao juiz Odilon de Oliveira —  então corregedor da Vara Federal de Execução Penal, responsável pelo  presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), onde os 2 criminosos  estavam presos. 
Apesar de Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP) terem negado na  época a existência de um plano tramado dentro da cadeia, o depoimento  de Abadia consta em processo que tramita em segredo de Justiça na 5ª  Vara Federal Criminal do Mato Grosso do Sul. Em troca, o colombiano  pediu a transferência da mulher, Jéssica Paola Rojas de Morales, presa  em São Paulo, para outra penitenciária, mas resolveu não colaborar mais  quando soube, por advogados, que Jéssica não seria transferida. Apesar  da revelação, Abadia era um dos financiadores do plano.
Entre as revelações, Abadia afirmou que Beira-Mar já sabia como era a  rotina de Luís Cláudio. Quatro pessoas estavam responsáveis pelo  levantamento de dados e já haviam reunido mais de 200 fotos de lugares  frequentados por ele. O objetivo era, em troca da vida do filho de Lula,  negociar a liberdade de Beira-Mar e dos assaltantes José Reinaldo  Girotti, o Alemão, e João Paulo Barbosa, os maiores ladrões de banco do  País. Alemão é também apontado como importante financiador da facção  Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. 
Para executar o plano, Beira-Mar empregaria 500 mil dólares. Dois meses  depois do depoimento de Abadia, o que deu início à investigação da  Operação X, da PF e do MP, os policiais descobriram que Abadia não havia  contato tudo. O colombiano era também financiador do sequestro. O grupo  pretendia aterrorizar ainda alguns juízes e promotores. Para burlar a  segurança máxima, Beira-Mar e Abadia tiveram a ideia de compartilhar  advogados e familiares de outros presos.
Fonte- odia 
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