Os agentes penitenciários federais estão se mobilizando para uma possível greve em todas as unidades prisionais – Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e Distrito Federal –, caso suas reivindicações não sejam atendidas.
As exigências se baseiam em duas vertentes. A primeira é a crônica polêmica que envolve a concessão do porte de armas fora de serviço. De acordo com a categoria, existem falhas na legislação específica (Estatuto do Desarmamento) que estão causando transtornos aos profissionais em blitz das polícias.
A outra contestação diz respeito à votação da PEC 308, que cria a Polícia Penal no Brasil. Um projeto que sugere mudanças significativas no sistema penitenciário do país, de onde saem as ordens para grande parte dos crimes cometidos além-grades.
O Ministério da Justiça será oficiado da decisão dos agentes penitenciários federais. E deverá correr para achar uma saída e resolver o impasse.
Justiça
O próprio Ministério deve entender que os pleitos são uma questão de Justiça. É inadmissível que trabalhadores responsáveis pela ‘fiscalização’ dos presos mais perigosos do país não possam se proteger em dias de folga. Se esse direito é concebível apenas aos policiais, então aprovem a Polícia Penal e resolvam o problema de uma vez por todas.
‘Pavio aceso’…
Não é nada agradável pensar numa greve no sistema prisional, inclusive se essa decisão ‘contagiar’ as unidades estaduais, onde o abandono administrativo toma conta dos presídios. Indiscutivelmente, do ponto de vista midiático, o sistema prisional é o setor mais estratégico para se deflagrar uma greve. Cancelar um mísero dia de visita em presídio é pior do que qualquer agressão contra o apenado. Daí para uma ‘erupção carcerária’ é uma questão de minutos.
O pavio está aceso. Mas ainda há tempo de se evitar essa explosão.
Bronca, muita bronca vem por ai.
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