sábado, 20 de fevereiro de 2010

GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS AFASTA DIREÇÃO DA PENITENICÁRIA AGRÍCOLA DE ITAMARACÁ

O governador Eduardo Campos pediu ontem o afastamento temporário da direção da Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá. A medida foi anunciada na tarde de ontem, depois que o deputado estadual Pedro Eurico (PSDB) denunciou que houve facilitação na fuga do detento João Guilherme Nunes Costa. O preso, que cumpria pena no regime semi-aberto, é acusado de envolvimento com a morte do universitário Alcides Nascimento, assassinado na porta de casa na Vila Santa Luzia, na Torre. O parlamentar, que esteve reunido ontem à tarde com o governador, acusa o diretor da unidade de ter sido negligente por ter comunicado à Justiça a fuga do detento somente 15 dias depois do fato. João Guilherme evadiu-se da prisão no dia 27 de janeiro e no dia 5 deste mês participou do assassinato do estudante. O outro envolvido com o crime, um adolescente de 16 anos, já foi apreendido pela polícia.

Segundo o deputado, somente no dia 11, seis dias após o assassinato, o diretor da penitenciária, Eriston Carline, teria comunicado oficialmente à Vara de Execuções Penais sobre a sua fuga. "O mais grave é que o ofício está com a data retroativa ao dia 29", alegou Pedro Eurico. Enquanto a investigação administrativa realizada pela Secretaria de Ressocialização não for concluida, o diretor da Penitenciária Professor Barreto Campelo, coronel Francisco Duarte, acumulará a direção da Agroindustrial São João, conhecida como Pai.

O detento João Guilherme foi beneficiado pela primeira vez com o regime semi-aberto em 2005, mas logo que chegou à Pai, fugiu. "Ele foi recapturado pela polícia já no nosso governo em março de 2008 e autuado em flagrante por formação de quadrilha e porte ilegal de armas. O que o deputado quer, é o mesmo que nós queremos. Precisamos estar juntos para garantir que esse crime não fique impune", disse o governador Eduardo Campos.

Na ocasião da progressão do regime, em 2006, já havia em tramitação dois mandados de prisão preventiva contra o preso, por isso, ele não poderia ser beneficiado com a medida. João Guilherme cumpria pena pelo assassinato de um vizinho. O juiz da Vara de Execuções Penais, Adeildo Nunes, que concedeu o benefício, alega que foi induzido ao erro por não ter recebido informações corretas do Sistema de Informações Carcerárias, que traz todo o histórico dos detentos e é fornecido pela Secretaria de Ressocialização.
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