domingo, 14 de fevereiro de 2010

Denúncia de facilitação de fuga

O secretário-executivo de Ressocialização, Humberto Viana, informou, na tarde de ontem, que a fuga de João Guilherme Nunes da Costa, 28 anos, um dos suspeitos de assassinar o estudante de biomedicina Alcides do Nascimento Lins, está sob investigação por ter fortes indícios de facilitação. O secretário limitou-se a dizer que um agente do Estado, já identificado, está sendo investigado. Ontem, o juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais, Adeíldo Nunes, informou que João Guilherme, ao contrário do que havia divulgado na terça-feira, não teve autorização da Justiça para deixar temporariamente a Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife.

“Eu não estava com o processo na mão naquele dia. Foi um lapso. O importante é salientar que ele não teve autorização para sair. Ele fugiu e isso está sendo investigado. É gravíssimo”, declarou Adeíldo Nunes. Outro problema considerado muito grave pelo magistrado é em relação à progressão de regime do suspeito. Mutirão carcerário realizado em novembro do ano passado analisou a situação penal de João Guilherme e constatou que ele não preenchia os requisitos exigidos por lei para a concessão de benefícios. No dia 25 de novembro do ano passado, o juiz Gérson Barbosa da Silva Júnior negou a progressão.

Mesmo assim, 15 dias depois, o juiz Adeíldo Nunes assinou a progressão de regime do suspeito e, em 11 de janeiro deste ano, João Guilherme passou do regime fechado para o semiaberto. “Este é outro problema grave. Tomei a decisão com base no documento que me foi encaminhado. O problema é que o documento, chamado de Sistema de Informação Carcerária (SIC), foi adulterado na penitenciária. Não constava que ele tinha três processos em aberto e uma prisão preventiva decretada. Se o documento original chegasse às minhas mãos não autorizaria nunca a progressão. Já falei com o secretário Humberto Viana e esta falsificação também já está sendo investigada.”

Alcides do Nascimento Lins, 22, morreu ao ser atingido por dois tiros na cabeça quando estudava em casa, na Vila Santa Luzia. De acordo com a polícia, os assassinos procuravam outro homem, conhecido como Saúba, que morava na casa vizinha, mas quando perceberam que haviam entrado na residência errada, decidiram matar o estudante mesmo assim.
Além de João Guilherme, um adolescente de 16 anos é suspeito de participação no assassinato. Alcides, filho de uma ex-carroceira, iria se formar este ano.
Fonte - JC

Um comentário:

  1. Sr. Juiz, gostaria que o Sr Explicasse a sociedade Pernambucana como também ao Brasil, por que funcionário público o Sr também é. E para se defender no jornal invoca contra si a sua própria torpeza, quando na reportagem dada ao JC PE Jornal de Grande circulação de Pernambuco, palavra do Juiz " que não estava com o processo na mão na quele dia. Foi um lapso". O Sr quer dizer com isso, que como juiz da vara de execução penal do meu estado, tem dado parecer para progredir de regime ou alvará de soltura a presos a qual o Sr não tem o processo na mão ou sequer busca saber se tem. Ora senhor excelentíssimo juiz há de haver uma explicação para tamanha torpeza e como salientei no início o senhor também é funcionário público, e a sociedade pernambucana que paga o seu salário clama por uma explicação cabal da Vossa Excelência.

    ResponderExcluir