A Real Academia Sueca de Ciências anunciou hoje pela primeira vez na história do Nobel de Economia uma mulher como vencedora, a americana Elinor Ostrom, compartilhando a glória com o também americano Oliver Williamson. Neste ano, o número de mulheres condecoradas com o Nobel foi recorde.
Ostrom, professora na Universidade de Indiana, desafiou o conhecimento convencional com estudos demonstrando que as propriedades comuns (administradas por seus usuários, como madeireiras e ativos de pesca) frequentemente eram mais bem administradas do que as teorias padrão previam.
A visão anteriormente aceita era de que a propriedade comum era mal gerenciada e deveria ser centralmente regulada ou privatizada.
Williamson, da Universidade da Califórnia, Berkeley, foi reconhecido por sua análise de resolução de conflito por empresas e mercados. Eles dividirão as 10 milhões de coroas (US$ 1,4 milhão) do prêmio.
"Nas últimas três décadas, essas contribuições levaram a pesquisa em governança econômica da margem à frente das atenções científicas", afirmou o comitê em comunicado.
A academia apontou que Ostrom e Williamson ajudaram a explicar que análises econômicas podem esclarecer a maioria das formas de organização social.
"As transações econômicas ocorrem não somente nos mercados, mas também em empresas, associações, famílias e agências. Onde quer que a teoria econômica tenha compreensivamente iluminado as virtudes e limitações dos mercados, ela tradicionalmente prestou menos atenção a outras organizações sociais", explicou a instituição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário