Em uma ação precisa e ousada, um agente da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) reagiu a uma tentativa de assalto, na tarde de ontem, matando os dois assaltantes. Ele havia sido rendido pela dupla minutos antes, dentro da Pajero que ocupava, e foi obrigado a rodar com os assaltantes pelo bairro Petrópolis, em Porto Alegre.
O agente penitenciário, de 33 anos, trabalha no Núcleo de Segurança e Disciplina da Susepe. Encarregado da escoltar presos para audiências ou nas transferências de presídios, ele anda sempre armado. Na tarde de ontem, aguardava pela mulher na Avenida Lavras, próximo à Avenida Ijuí, dentro do carro, uma Pajero, quando foi abordado por um homem armado.
– O primeiro veio pela minha esquerda, armado com um (revólver) 38. Mandou eu me sentar no banco de trás. Em seguida entrou o outro e sentou no banco do carona – contou.
O agente obedeceu aos assaltantes, que não perceberam que ele estava armado com uma pistola calibre .40 na cintura. Quando a Pajero (que seria de uma cunhada do agente) descia a Travessa Antônio Caringi, o bandido que estava na direção precisou parar o veículo.
Até a noite, mortos não haviam sido identificados
Um New Beatle amarelo, que estava na frente deles, havia freado para entrar na Rua Carazinho. Foi nesse momento que o agente penitenciário reagiu.
– Agarrei a arma do cara com a mão esquerda e disparei minha pistola, que eu tinha sacado com a direita. Aí, virei para o lado e disparei contra o outro sujeito, duas vezes. O motorista ainda se agarrava em mim, aí disparei mais uma vez, na cabeça. E saí correndo pela porta de trás – descreveu ele.
O primeiro tiro atingiu o peito do motorista. Dos outros dois, um atingiu o comparsa nas costas. Ele ainda tentou sair do veículo. O quarto disparo, que acertou a testa do motorista, encerrou o assalto. Com a confusão, a Pajero acabou colidindo na traseira do New Beatle, cujo motorista nada sofreu.
Até as 22h de ontem, os dois criminosos ainda não haviam sido identificados. O caso será investigado pela 8ª Delegacia da Polícia Civil (Petrópolis), onde o agente depôs.
Fonte - zerohora
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