Agentes penitenciários do Rio de Janeiro decidiram nesta terça-feira entrar em greve até quinta-feira. Eles querem audiência pública com representantes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que os teriam obrigado a ficar nus durante uma revista no dia 11. O coordenador de segurança do Complexo de Gericinó foi exonerado por conta desta revista.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal (Sind Sistema), Francisco Rodrigues, informou na tarde desta terça que 90% dos 3.850 agentes penitenciários do Estado aderiram ao movimento.
Ele disse que somente na quinta-feira, às 9h, é que irão para as ruas. Da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde serão recebidos pela Comissão de Direitos Humanos, vão em passeata até o Ministério Público, onde formalizarão denúncia de maus tratos contra o Estado e, depois, seguirão em caminhada também até ao Palácio Guanabara.
Em nota, a Seap esclareceu que não houve adesão dos inspetores penitenciários na paralisação proposta pelo sindicato da categoria e informou que a rotina das unidades prisionais não teve alteração.
Rodrigues garantiu que os presos também iniciaram greve de fome contra o endurecimento de revistas a eles e a seus parentes. Ele disse que o movimento não tem nada a ver com salários e estrutura de trabalho, mas sim com o "desrespeito e humilhação" pela qual estariam passando em relação às revistas.
A secretaria cancelou, temporariamente, o V Festival da Canção da Mulher Presidiária 2009, que seria realizado nesta terça-feira, às 13h, na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Uma nova data será marcada.
Fonte - terra
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