Todos os policiais militares e Agentes Penitenciários que trabalharam durante a rebelião ocorrida na
Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, na última
quinta-feira – cerca de 70 pessoas ao todo – serão intimados a prestar
depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A delegada Lidia Barci, que foi
designada especialmente para investigar o caso, recebeu ontem o inquérito instaurado
logo após o registro das duas mortes e dos oito detentos feridos na confusão.
“Além de ouvir os policiais militares e Agentes da unidade, vamos solicitar
perícias no local e nos materiais apreendidos durante a revista feita na
penitenciária”, adiantou a delegada.
O Agente Penitenciário Roger Moury
assumiu a gestão no lugar do também Agente Ricardo Pereira, afastado após o
motim. A principal reivindicação dos apenados era a saída do antigo diretor,
que passou três meses no cargo.
Segundo a Secretaria Executiva de
Ressocialização (Seres), nenhuma arma de fogo foi encontrada com os presos ou
escondida na penitenciária. “A grande questão é saber de onde partiram os tiros
que mataram os detentos. Para isso, estamos intimando todas as pessoas que
estavam no local. Depois que identificarmos de quais armas saiu os disparos,
vamos afinar as investigações para descobrir quem são os responsáveis”,
explicou Lidia Barci.
O promotor da Vara de Execuções
Penais, Marcellus Ugiette, formalizou o pedido de contratação imediata de 100 Agentes Penitenciários do grupo que espera nomeação. “Entreguei esse pedido a
Seres, ao procurador-geral e à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos
Humanos”, explicou.
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