Nomear novos Agentes Penitenciários é uma das
promessas do Governo de Pernambuco para aumentar a segurança no sistema
carcerário do estado e evitar rebeliões como a que eclodiu no Complexo
Prisional do Curado, nesta semana. No entanto, dos 132 candidatos que
concluíram o curso de formação em dezembro, 43 estão sub judice, ou seja,
apresentam problemas na justiça. Por isso, não podem assumir o cargo de forma
imediata, como havia sido prometido. A informação foi revelada pelo secretário
de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, que prometeu checar a situação das
contratações com a Secretaria de Administração do Estado (SAD).
Os 132 agentes que esperam pela nomeação foram
aprovados no último concurso realizado para a classe, em 2009. Foram mais de
dois mil aprovados na seleção, mas a primeira turma de candidatos só foi
chamada para o curso de formação no segundo semestre do ano passado.
As aulas duraram três meses e acabaram em dezembro
do ano passado. Foram 132 aprovados que deixaram os empregos anteriores para
prestar a formação, mas ainda aguardam a convocação do estado.
O grupo esteve na Secretaria de Ressocialização
(Seres) na manhã desta quinta, mas continua sem saber quando vai começar a
trabalhar. “A expectativa é grande. Estamos prontos para trabalhar e preparados
para ajudar a qualquer hora”, admite Silvio Tadeu de Araújo, um dos aprovados.
Os Agentes Penitenciários efetivos também aguardam
a nomeação com ansiedade. Na terça-feira (20), durante a rebelião dos detentos
do Complexo Prisional do Curado, o presidente do Sindicato dos Agentes
Penitenciários, João Carvalho, revelou as dificuldades enfrentadas pela classe.
O déficit de profissionais é a maior queixa. Segundo ele, faltam mais de quatro
mil Agentes para que o efetivo fique completo. Por isso, apenas quatro ou cinco
oficiais costumam ficar de plantão nas unidades prisionais e, para complicar
esse quadro, cerca de 60% das guaritas ficam desativadas por falta de PMs.
Fonte-globo
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