quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Maldita assembleia

Como meu amigo Adielton, eu também estava ocupado. Enquanto ele tomava conta de sua esposa por causa de seu resguardo, eu junto com quatro Agentes no plantão administrava uma unidade com 1600 detentos, aonde, diga-se de passagem só pude mandar um Agente para assistir a maldita assembleia para fortalecer a votação contra a proposta indecente do governo. Sabedor do que iria acontecer primeiro pela falta de compromisso de alguns colegas, que como disse, prefere ficar em casa esperando a morte da bezerra e ser omisso, diferente do capitão nascimento, personagem do filme Tropa de Elite, que teve vergonha na cara e partiu para guerra. Para depois reclamar de que o governo não tem consideração pela categoria, coisa que alertei quando não votei no nosso governador, pois já o conhecia de outras gestões. Segundo, por estas pessoas que não tem discernimento para entender o quanto é absurda a proposta oferecida e que preferem se assustar com o terrorismo pregado por colegas, do sindicato ou não. Não entendo por que continua a separar a ASPEPE do nosso SINDASP, se o grupo que lá se encontra é o mesmo. Tem-se legitimidade, pouco importa alguém tem que negociar, ou vamos sair da mesa de negociação por conta própria e esperar que o governo nos procure como o antigo grupo? Grupo que nos deixou uma dívida do tamanho de um trem e não são acionados na justiça para ressarcir os danos provocados. Onde estão essas pessoas? Em que unidade do sistema estão lotados, não os vejo faz tempo, alguns vi muito pouco trabalhar.
Mas voltando ao terrorismo citado, não entendo como uma categoria de maioria de nível superior entenda que a qualquer momento o governo pode elaborar uma lei específica para nossa escala e nos tirar o direito adquirido. Amigos, não sejam covardes, medíocre, imbecis. Não entendem que se o governo assim pudesse vocês não já estariam trabalhando na escala de 24 x 48 como antes a própria policia militar? Até ela passou a ser 24 x 72. E "quem está com a faca e o queijo na mão" como disseram alguns colegas, do sindicato ou não, não avisa quando vai tomar suas atitudes, apenas faz, não pede permissão e muito menos faz propostas. Nenhuma lei é superior a nossa carta magna, ou não estudaram isso? Não precisa ser bacharel em direito. Vamos fazer valer o nosso direito, temos 832 colegas que em sua maioria deixou seus empregos para fazer o curso preparatório para ASP/PE e que hoje esperam suas nomeações, a lei existe e a obrigatoriedade da contratação é fato, o prazo vai acabar e as vagas têm que ser preenchidas.
Não temos culpa que o governo não seja composto de pessoas que conheçam a área para qual foi nomeada, são cargos já predeterminados mesmo antes das eleições pelos partidos que apóiam o candidato. Mas é inadmissível a falta de entendimento de como seria vantajoso para o Estado nos equiparar a Policia Civil e passando a nos ter em uma escala de 24 x 72, como também a Policia militar. Uma categoria pequena como a nossa em nada oneraria a folha de pagamento e de imediato ganharia o reforço de, salvo engano, 1/5 do quantitativo, fora os concursados que já estão nesta escala. e ficaríamos satisfeito e o governo mais ainda, pois o serviço melhoraria por um baixo custo.
Quero dizer que discordo de sua opinião quando diz que tal discussão é desnecessária e principalmente os xingamentos. Amigo, tais verdades só machucam a quem a carapuça serve quanto me garantir que uma votação não tem legitimidade por ser ou não nosso representante, é a ASPEPE que se encontra a frente de tudo, cabe a nós alertá-los de seus terrorismos e conivências com o que propõe o governo e não aceitarmos, orientar aqueles colegas que acreditam nos desmandos do governo e propagam tal falácia, fazendo dela algo concreto. Odeio quando vejo amigos que o dia inteiro no plantão reclama do governo e depois saem para ir a assembleia e votam a favor de tal absurdo e depois vem apertar minha mão como um amigo, amigo!? Que amigo?
Não esqueçamos colegas gratificados que como disse "não esquecem que um dia voltarão a ser ASPs". Acho que está enganado, amigo. Eles esquecem sim, principalmente os que trabalham embaixo da asa de "Deus", entenda a própria Secretaria. Ficam ali recebendo uma gratificação com suas roupas sociais, alguns até de terno. Esses colegas são ASPs mesmo? Não consigo enxergá-los desta forma. Esses liberados mais cedo em seus expedientes obrigados a comparecer a Assembleia, provando suas presenças com fotos para que seus superiores vejam que estão dos seus lados, "olha chefinho! Eu estava lá!". Me dão nojo. Eis a força da votação a favor da proposta do governo. Quando teremos vergonha de tais atos? Quando?

Um abraço.

NEGOCIAÇÃO

Prezados Companheiros,

Por esses dias fiquei pensando, matutando a queimando os poucos neurônios que tenho sobre a proposta do governo oferecida a nossa categoria. De fato é muito pouco para o trabalho hercúleo que fazemos dentro das Unidades Prisionais e que são pouco ou quase sempre, não reconhecidos por nossos governantes. Na verdade, nenhuma categoria, diga-se de passagem, é reconhecida por trabalhar no limite.

Mas aonde quero chegar? Digo-lhes. Meu grande receio é que o GOVERNO faça a seguinte forma - e fará, acreditem - empurrar o aumento que assim lhe convier e claro, colocar todos nós como servidores público comum, de acordo co o Estatuto do Servidor, basta a Lei que criou nossa categoria ser extinta, conforme alguns sinais existentes na liminar que inclinam para tal efeito. Outra coisa. Se perdermos, EU DISSE SE, podem ter certeza que nem essa proposta que nos foi posta à mesa, nem isso teremos mais.

Alguns companheiros teimam em!"insistir" e acreditar que TEMOS QUE GANHAR MAIS DO QUE O GOVERNO OFERECE! Ledo e ingênuo engano! Nunca em nenhuma negociação o GOVERNO perde mais que ganha, nem nos governos socialistas. O que deve acontecer é o mínimo possível de perda ou até mesmo um equilíbrio nas negociações. Essa é a fórmula, não dita por mim, mas por todos os sindicatos que já tive a oportunidade de participar. As críticas são boas quando construtivas e coerentes, mas as que têm o cunho revanchista, inócuo e até mesmo sem coerência, essas companheiros, por favor, deixem para si.

Não venho aqui defender A ou B, apenas sou comprometido com minhas ideias e sei que muitos não gostam do que escrevo, porém é importante que me critiquem, se oponham, pois a dicotomia é importantíssima para uma discussão no campo das ideias, não das ideologias, por essas últimas ser defendidas com a passionalidade. O que temos em mãos nada mais é do que o GOVERNO vai nos impor e que nos oferecerá, quer a categoria queira ou não ponto final! Sou contra ao que nos foi proposto, mas também não posso deixar de pensar naquela frase de que "se dá um passo pra trás, para dar dois passos pra frente". Aos que não desejam a proposta governamental se prepare e VÁ ASSEMBLEIA DO SINDICATO e, por favor, sem radicalismo, sem palavras de baixo calão, sem xingamentos ou acusações imbecis. Vão com os espíritos desarmados, todavia, com contra propostas coerentes e fundadas dentro da nossa realidade. Vamos mostrar que somos UNIDOS, INTELIGENTES e, sobretudo, CIVILIZADOS.


Abraços Cordiais