Prezados
associados e associadas do SINDASP-PE e demais componentes da categoria,
cordiais saudações.
É sabido de todos que nossa
categoria passa por um momento de extrema delicadeza, e como isto já não
bastasse, temos enfrentado ferrenha oposição de algumas pessoas que fazem
questão de dificultar ainda mais o processo de ajuste e realinhamento pelo qual
passa o nosso sindicato. Lamentamos que os pessimistas e oportunistas de
plantão (insistam em fazer gol contra) jogando contra sua própria categoria,
num momento em que precisamos realinhar estratégias de jogo.
É verdade que houveram
desentendimentos, contudo, a bem da categoria nossa Diretoria Executiva decidiu
retomar o diálogo internamente. Deixamos de lado as diferenças pessoais
imbuídos do espírito de cooperação e renovação. Partimos para analisar
estratégias e ações realizadas no decorrer do ano de 2013, e é bem possível que
tenham ocorrido erros. Enfim, após longos debates constatamos que era preciso
fazer uma parada estratégica, reagrupar e traçar novos planos de ação que
venham a trazer os resultados desejados para a nossa categoria.
Nunca foi nossa pretensão sermos
donos da verdade, mas é preciso que se compreenda as dificuldades de nossa
Diretoria que como os demais membros da categoria está exaurida, pois sofre
pressões iguais ou maiores que aqueles na atividade fim, mesmo porque só temos
a disposição do sindicato o presidente e o vice-presidente, os demais diretores
encontram-se trabalhando normalmente nos plantões de nossas unidades
prisionais. Some-se as nossas dificuldades a indiferença de muitos de nossos pares
que não participam e se omitem das ações sindicais, a pressão do governo e da
própria base que na maioria das vezes cobra de nós diretores soluções como se
governadores do estado fossemos e possuíssemos o poder de, num passe de mágica,
resolvermos todos os problemas da categoria.
Se erramos, erramos tentando
acertar, com coragem e dedicação, ninguém fez mais pela categoria que nós. Só
comete erros quem tenta acertar, quem vai à luta e entra na batalha. Os
covardes não se expõem, não são criticados ou são feridos. Se estamos feridos é
porque estamos na luta, colocamos a cara e saímos na linha de frente. Muito nos
entristece perceber que estamos sendo abandonados no campo de batalha por
aqueles a quem defendemos e pasmem estamos sendo alvejados por fogo amigo, por
alguns que pensávamos estar do nosso lado e nos ajudando. O exército mais cruel
é aquele que abandona seus soldados feridos na frente de batalha.
Estamos numa batalha contra a
tirania dos poderosos que oprimem nossa categoria, nos exploram e ainda
conseguem nos dividir em facções (... Partido Político; P. ext. Parte
divergente ou dissidente de um grupo ou partido, fração - Dic. Aurélio). Temos
a facção dos diaristas, a facção dos plantonistas, a facção dos “antigões”, dos
antigos, dos novinhos, a facção dos prós e contra concursados, a facção dos
abaixo-assinados pró-desfiliação, a facção do pró-governo contra o sindicato, a
facção dos sindicalistas da net, a facção do movimento “A”, “B”, “C”, a facção
dos oportunistas e do quanto pior melhor. Enfim, temos muita gente para
criticar e muito poucos para ajudar, participar e construir um projeto de
sucesso junto conosco, sindicato e categoria.
Nós diretores estamos na luta como
os demais companheiros da base, afinal lutamos uma luta inglória, onde as
vitórias são rápida e facilmente esquecidas enquanto as falhas são cantadas em
prosa e verso, decantadas principalmente pelos partidários do mal e se
locupletam com o enfraquecimento de nosso sindicato. A Síndrome de Judas se
espalhou contaminando alguns que esqueceram que são Agentes Penitenciários.
Lamentamos que nossa categoria não veja a realidade histórica e cruel das lutas
sindicais em nosso país, onde o pequeno se une para tentar enfrentar os
grandes, onde trabalhadores assalariados e explorados se unem para combater o
poderio econômico dos patrões. No nosso caso, não estamos lutando simplesmente
contra uma corporação comercial ou financeira, estamos lutando contra o gigante
governo, o leviatã, que estende seus tentáculos por todos os setores que se
possa imaginar, inclusive no meio de nossa categoria. Será preciso que entre
nós tombe um “Chico Mendes” para acordarmos de nosso comodismo e partirmos
juntos, em busca de nossos direitos.
O cruel domínio governamental,
consegue nos manter com baixos salários e condições sub-humanas de trabalho,
como vassalos, subserviente ao PJES, Reflorestar, Gratificações; enfim,
penduricalhos que serão usados para nos escravizar, manter no cabresto enquanto
estivermos no período de validade, durante nossa vida útil funcional, pois
nenhum destes pseudo benefícios nos acompanharão na aposentadoria, invalidez,
acidente de trabalho ou doença. Não esqueçam, temos tempo de vida útil, que no
caso do agente penitenciário é 45 (quarenta e cinco) anos de idade segundo
estudos recentes.
Estamos sim, em busca de dignidade
para a nossa função e condições de trabalho para nossa categoria. E, se alguém
duvida de nossa integridade e nos acusa sorrateiramente e traiçoeiramente disto
ou daquilo, mostre a cara, diga diretamente o que pensa e o que quer.
Lembramos, porém que acusações inverídicas e infundadas são passíveis das
devidas sansões legais, posto que "a quem acusa cabe o ônus da
prova". Não abriremos mão de nossos direitos pois na medida que
respeitamos a todos merecemos ser respeitados e não abdicaremos de nosso
direito legal a integridade física e moral. Não haverá consideração ou
complacência contra aqueles que tramando mal e caluniando tentem destruir a
categoria, ou mentindo quiserem nos difamar.
No ano de 2014 estaremos retomando
com toda a força nossas atividades, faremos visitas às unidades de todo o
estado e discutiremos frente a frente nossas dificuldades, deficiências e
acertos buscando com o nosso maior patrimônio, os agentes penitenciários, os
encaminhamentos para nortear nossas ações em 2014. Trata-se de percorrer a base
na busca de subsídios para o Planejamento Estratégico do ano, que servirá de
cartilha para o nosso trabalho.
Certamente, 2014 nos reserva novos
desafios e gostaríamos de contar com a participação de toda a categoria,
filiados ou não, na construção de um sindicato forte e representativo, que
atenda às demandas da nossa classe trabalhadora. Contamos com o empenho de
todos, pois para que isto aconteça é necessário a participação de todos nas
assembleias, plenárias, discussões deliberativas, atos e movimentos do
sindicato.
Vamos dar um basta neste processo
de autofagia (devoração da própria carne, na demência;...), afinal já temos
muitas feras querendo nos devorar. A luta continua, unidos somos forte,
separados somos presas fáceis.
Felicidades e um próspero ano
novo, com a graça de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo. São os nossos votos.
Diretoria Executiva do SINDASP-PE
Obs: significado de
"facção" - fac.ção
sf (lat factione) 1 Insigne feito
de armas; proeza. 2 Partido. 3 Bando ou partido sedicioso. 4 Sociol Grupo de
conflito, geralmente pouco organizado e fluido, que marca a transição de um
estado de desorganização para a reorganização da comunidade. Var: fação.
(Dicionário Michaelis online)
Fonte-sindasppe
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