É importante destacar que em nosso
estado o Agente Penitenciário não está “lançando moda” ao querer ser policial
de fato, pois de direito sempre fomos desde 1993, assim como ocorre em outros
estados como Roraima, Tocantins, Acre e no Distrito Federal.
Como já disse, não é nenhuma novidade
o fato de o cargo de Agente Penitenciário ser policial, pois quando houve a
criação da polícia judiciária brasileira, por volta de 1808, os cargos eram:
Delegado, Comissário, Escrivão e Carcereiro.
A nossa profissão é uma das mais
antigas da humanidade e é considerada pela Organização Internacional do
Trabalho – OIT como a 2ª mais estressante e perigosa de todas. Mas isso não
ocorre por falta de dias de folga e sim, penso eu, por falta de uma remuneração
adequada.
Imagino que hoje os “novinhos”
estariam trabalhando sob a escala de 24x96h, mas ganhando o salário que o
edital do concurso trazia, que era de R$ 1.236. Sinceramente, estaríamos muito
mais distantes dos demais policiais civis que, na época, ganhavam cerca de R$
2.300, trabalhando numa escala fixa de 24x72h, que é a escala “padrão” de todas
as forças de segurança no país, como as polícias federal, rodoviária e militar,
bombeiros e guardas municipais.
Se fosse hoje, com aquele salário eu
estaria muito mais preocupado em fechar minhas contas no final do mês, do que
estar “descansado” em casa para trabalhar no dia seguinte, fazendo reflorestar,
PJES e outros, até conseguir a remuneração que recebemos atualmente.
O fato é que ao estarmos vinculados,
como deve ser, à polícia civil, não mais estaremos sendo discriminados
salarialmente e nem estaríamos sendo “importunados” com relação à
identificação, porte, assédios morais e outros mais.
Por - ÊNIO CARVALHO
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