Em breve, os moradores do bairro Guajuviras, em Canoas, município da Grande Porto Alegre, vão conviver com uma nova tecnologia que, segundo seu fabricante, é capaz de identificar o disparo de uma arma de fogo e acionar a polícia entre 9 e 15 segundos, determinando o local exato no qual o tiro foi dado. O Ministério da Justiça estuda expandir o serviço para outras cidades, caso a experiência gaúcha seja bem-sucedida.
O sistema de localização de disparos - o ShotSpotter, como é chamado em inglês - foi desenvolvido há mais de dez anos. Nos Estados Unidos, já foi implantado em mais de 50 cidades e teria contribuído para uma redução média de 20% na incidência de crimes com armas de fogo, garante Roberto Motta, um dos diretores da ASI Brasil, representante exclusiva do produto no país.
Segundo Motta, o sistema usa uma avançada tecnologia capaz de distinguir o som de um tiro em meio a outros sons urbanos, como um rojão ou o barulho de um escapamento. O ruído é captado por sensores acústicos escondidos em telhados de prédios e casas. Esses sensores podem estar até 3 quilômetros do local do disparo.
De acordo com o Ministério da Justiça, o bairro Guajuviras foi escolhido para abrigar a primeira experiência com a tecnologia na América Latina por causa dos índices de criminalidade. Com 70 mil habitantes, em 2009 o bairro registrou 50 homicídios - 80% por arma de fogo. Ainda segundo o ministério, o índice de homicídios, que cresceu em média 30% a ano entre 2005 e 2009, só parou de aumentar após a implantação do Território de Paz do Pronasci, no ano passado.
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